Muitas vezes a ficção falseia muitas partes da história, nos fazendo acreditar que algumas épocas eram bastante diferentes do que eram na realidade... Na Idade Média, as pessoas não eram nada limpas como a maioria dos filmes ambientados nessa época mostra. Não havia tanto glamour nas roupas ou nos corpos de pessoas. Hoje vamos mostrar vários pontos que o farão ver que a realidade daquela época era bem mais mal cheirosa do que se pensa...
1. A aparência das pessoas nos filmes é falsa
A figura das bochechas rosadas e dos vestidos limpinhos que aparecem em cada um desses filmes é uma farsa completa. A igreja havia proibido os bons hábitos de higiene existentes na época dos romanos, argumentando que eram pecados, eram caprichos, já que eram muito caros. Siga lendo para checar mais fatos asquerosos sobre a Idade Média.
2. Eles não gostavam de água
Tanto padres quanto médicos espalhavam por toda a população a crença de que a água, especialmente quente, enfraquecia os músculos e reduzia as habilidades motoras, causando doenças. Ruim para os olhos, os dentes, o rosto, a água os tornaria, também, mais vulneráveis ao frio. Eles também diziam que um pouco de sujeira sempre ajudava a combater futuras doenças.
3. E não só os pobres...
Até a rainha Isabel de Castela se vangloriava de ter tomado banho apenas duas vezes em toda sua vida. Um deles, foi num dia antes de seu casamento, pois era essa a tradição palaciana. Assim, a classe alta cheirava tão mal quanto a classe baixa. Os famosos vestidos e perucas eram raramente lavados e era comum a disseminação de lêndeas e piolhos. Às vezes, eles usavam pedaços de bacon para atrair os bichos para eles. Eles tinham servos eram responsáveis por sua desparasitação diária, mesmo nas partes pudendas.
4. As cidades maiores eram as mais mal cheirosas
Londres e Paris eram consideradas as cidades mais sujas. O cheiro das ruas era mortal, porém, nos edifícios públicos e nas casas, não era melhor. Era especialmente terrível quando as pessoas se reuniam em massa. Nas igrejas, queimava-se incenso para reduzir o mau cheiro.
5. Lavagem a seco
As pessoas não eram nada limpas, como você pôde averiguar. Porém, vez ou outra, faziam uma extravagância e passavam uma toalha úmida nas partes descobertas do corpo. Dessa forma, a sarna não coçava tanto...
6. As partes que permaneciam sob a roupa...
Elas não eram lavadas, simplesmente. Elas poderiam passar anos e anos até que um pingo de água tocasse sua superfície. Médicos proibiam que se lavasse as crianças. Eles diziam que a água os deixaria moles e propensos à doença. Com pânico da morte, as mães não os lavavam, e, desta forma, a mortalidade era muito elevada, pois as feridas, por exemplo, infectavam-se muito rapidamente.
7. Banho anual
Levou-se vários séculos até que as pessoas aceitassem o banho como algo necessário. No século XVII, popularizou-se o "banho anual”, que consistia em banhar-se uma vez por ano, em uma banheira de água quente.
8. Chapéus
Os homens não tiravam os chapéus ao entrar nas tabernas, nem na hora de comer. A razão para isso era a de que, se o fizessem, era muito provável que lêndeas e piolhos caíssem na comida. Além disso, com o chapéu, cheiravam menos mal.
9. A tradição de jogar o buquê nos casamentos
Os casamentos eram realizados no verão do hemisfério norte, em junho. O banho anual costumava ser feito em maio, fazendo o cheiro da multidão ser mais aceitável. As mulheres levavam buquês de flores para disfarçar esse mau cheiro. Mesmo que tivessem se banhado um mês antes, isso não era o suficiente. Assim nasceu a tradição de, no final do casamento, o buquê ser atirado, para ser utilizado pela possível próxima noiva.
10. Séculos mais tarde...
Com o advento da modernidade, no século XIX, o banhos tornaram-se mais comuns entre os homens, que se banhavam mais vezes por ano, até se acostumarem a se banhar até duas vezes por semana. As mulheres não o faziam com tanta frequência e, especialmente, não lavavam suas partes íntimas, porque se pensava que isso as tornaria inférteis.
Curiosamente, as épocas anteriores à Idade Média foram muito mais higiênicas. Os romanos e os gregos banhavam-se diariamente, e cortavam os cabelos e faziam a barba com frequência. Em meados do século V, tudo isso foi perdido e os hábitos de higiene regrediram em mais de mil anos.
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